O verdadeiro maçom celebra a vida.
E levo o sentido da palavra "vida" a um âmbito
muito mais amplo.
O maçom ama a vida em tudo que há vida. Respeita a lei do
todo, onde todos os seres estão conectados entre si. Digo isso, porque sou
contra a matança que não seja para fins de alimentação. Há uma ordem natural de
sobrevivência e sou contra a matança de animais para outros fins.
Se em nossa augusta ordem, não podemos aceitar quem concorde
com a sentença de morte de um indivíduo, porque aceitamos quem concorda com a pena de morte de
animais?
Alguns estão com a resposta na ponta da língua, eu sei.
Muitos responderão avidamente que temos que respeitar algumas religiões que
ainda se utilizam desses recursos para terem seu encontro com o divino.
Outros ainda vão dizer que o sacrifício animal faz parte da
história da humanidade.
Mas é a evolução da consciência que deveria ficar marcada
nessa história. Essa evolução permitiu ao homem entender que não há necessidade
da morte física para termos contato com o plano superior. Que hoje, é nossa consciência quem atinge níveis antes
inatingíveis. Que a massa, o corpo, não é o que nos conecta.
Imagine agora que fosse descoberta uma antiga civilização
maia que ainda praticasse o sacrifício humano. Nossa sublime ordem aceitaria
membros que sacrificam seres humanos sob a justificativa da religião?
Temos que ter uma posição mais bem definida em nossa ordem.
Por enquanto, a velha máxima de Paulo Maluf está valendo
dentro da ordem, "estupra, mas não mata".